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Entenda a importância da limpeza de sistemas de ar condicionado

Escolas, hospitais, bancos, escritórios, repartições públicas, shoppings, restaurantes, cinemas. Quantos locais recorrem ao ar condicionado para oferecer mais conforto e oferecer um clima agradável?

Esses ambientes, no entanto, podem prejudicar a saúde por meio do ar que respiramos caso não sigam as normas de limpeza exigidas.

Poeira, fungos, vírus e bactérias se acumulam nos filtros e tubulações de sistemas de climatização. Dessa forma, os microrganismos que ficam suspensos no ar podem causar problemas pulmonares que vão de simples alergias a doenças graves.

Sinusite, rinite, asma e bronquite são algumas das enfermidades causadas por seres microscópicos que se desenvolvem em locais úmidos e com pouca luz, como os sistemas de refrigeração.

Tais sistemas funcionam captando e filtrando o ar que é resfriado por uma serpentina e condensa gotículas de água. Essas gotículas se acumulam em uma bandeja, na base do equipamento, que se não for limpa corretamente serve como fonte de proliferação de causadores de doenças, uma vez que o ar é distribuído por todo o ambiente através de um ventilador e respirado por todos que dividem esse espaço.

Assim, esse ar pode distribuir perigos diversos para a saúde, por isso a manutenção e limpeza desses equipamentos são essenciais para a qualidade do ar e da vida.

Em 1998, o Ministério da Saúde lançou a Portaria 3.523/98 que estabelece uma rotina de procedimentos de limpeza em sistemas de refrigeração de grande porte.

A orientação é para que empresas e condomínios contratem técnicos ou um estabelecimento especializado para realizar limpezas periódicas.

Em outubro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma Resolução definindo padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados de uso público e coletivo. A Resolução foi revisada e atualizada em 2003 e determina que proprietários, locatários e administradores de imóveis climatizados por sistemas acima de 60.000 BTU/H são responsáveis pela qualidade do ar respirado por seus ocupantes. Ela também define a periodicidade para a limpeza e manutenção dos componentes do sistema de ar condicionado, sendo:

Tomada de ar externo – limpeza mensal ou descartável até sua obliteração (máximo 3 meses).

Filtros – limpeza mensal ou descartável até sua obliteração (máximo 3 meses).
Bandeja de condensado – limpeza mensal.
Serpentinas de aquecimento e de resfriamento – limpeza trimestral.
Umidificador – limpeza trimestral.
Ventilador – limpeza semestral.
Casa de máquinas – limpeza mensal.

Caso a fiscalização feita pelos técnicos da vigilância sanitária constate que os limites de tolerância da poluição em ambientes refrigerados foram ultrapassados, os responsáveis poderão ser penalizados com multas que variam de R$ 2 mil a R$ 200 mil.

Para checar a qualidade do ar, a fiscalização coleta e identifica microrganismos presentes no ar, que são colocados numa incubadora. Se o laudo determinar contagem de microrganismos acima de 750 unidades formadoras de colônia (UFC) por metro cúbico de ar – padrão estipulado pela Organização Mundial de Saúde – o ambiente é considerado impróprio para a saúde.

Para realizar a limpeza de tais sistemas, as empresas especializadas usam várias técnicas e tecnologias, como grandes aspiradores, produtos químicos e até pequenos robôs dotados de escovas e câmeras que fazem todo o trabalho.

Além de garantir a segurança de quem respira em tais espaços, realizar a manutenção e a limpeza dos sistemas de refrigeração aumenta a vida útil dos aparelhos e, consequentemente, significa economia para os proprietários e administradores.

Assim, oferecer a qualidade do ar compartilhado nos espaços comuns com refrigeração é responsabilidade sobre a saúde das pessoas. Só com a limpeza e manutenção adequadas podemos confiar no ar respirado nos mais variados locais fechados e refrigerados que frequentamos diariamente.